9 de out. de 2012

Ultraje a Rigor.



Postado por Eduardo Monte Bello

Ao assistir a sessão da Câmara de ontem (08/02/2011) pela internet, fiquei surpreso com a fala do vereador Florindo quando este subiu à tribuna para se pronunciar no "Grande Expediente" da Câmara.
O "Grande Expediente" para quem não sabe, é a segunda parte de uma sessão regular da Câmara, onde o vereador pode subir à tribuna para debater qualquer assunto que ele achar pertinente.
Ao comparecer à tribuna, Florindo queixou-se da falta de consideração que a Prefeitura estava tendo em relação ao seu bairro (Jardim Palmares), principalmente do que se refere a "manutenção e demais cuidados com as áreas verdes do bairro".

Continuando sua queixa, Florindo ressaltou o descaso com a capinação dessas áreas verdes, tendo ele recebido muitas críticas dos moradores do bairro, devido ao mato alto encontrado nesses lugares.
Florindo afirmou que estava triste em ver funcionários da prefeitura parados em plena três horas da tarde, enquanto a área verde de seu bairro continua sem atenção e maiores cuidados por parte da prefeitura. Ele chegou a ressaltar o perigo do mato alto nessas áreas afirmando que ele, juntamente com outros moradores, tinham matado duas cobras no local, o que representa um perigo para as crianças que ali brincam.
Ouvindo essas queixas, o vereador Carlos Borges interrompeu o Florindo afirmando que ele achava estranho a prefeitura ter que fazer a capinação da área já que a mesma fez um contrato colossal com a empresa Ecoterra para executar esse tipo de serviço em Saltinho (R$466.690,00 por 12 meses).
Infelizmente, o que foi visto nessa sessão foi a confirmação por parte do vereador Florindo - um dos vereadores mais próximos da atual administração - que nem a prefeitura, muito menos a empresa Ecoterra estão fazendo aquilo que eles tem por obrigação, ou seja, executar os serviços os quais a população está pagando por eles.
Contudo, o maior motivo de nossa indignação é saber que pagamos impostos e não temos os serviços realizados de maneira satisfatória (quando temos sorte de ter esses serviços executados). Além disso, pagar R$ 466.690,00 para uma empresa carpir o mato da cidade é revoltante; não ter isso feito direito é no mínimo imoral, vergonhoso, um ultraje cometido pela prefeitura contra a população.