9 de out. de 2012

O curioso caso de Rodrigo Pinheiro - Digão



Postado por Eduardo Monte Bello
Ex-presidente da Saltinhense, ex-membro do Clube de Campo de Saltinho, produtor de festas com formandos; este é Rodrigo Pinheiro, popularmente conhecido como Digão, um membro da comunidade saltinhense que recentemente ascendeu ao cargo de vereador do município.
Sem deixar as suas atividades acima citadas ele embarcou na vida política pegando carona no barco do PMDB – o qual o elegeu vereador – no entanto, seduzido pelas benesses do poder, este marujo já deu provas claras de ter abandonado o navio PMDBista deixando seus companheiros à deriva para encontrar abrigo em terra firme na “Ilha da Fantasia” (leia-se PDT Grilista).
Logo após a eleição, vendo seu partido ainda se reestruturando e se reerguendo timidamente da derrota, Digão não teve dúvidas; ele deixou seduzir-se pela política grilista.
A aproximação deu namoro (em minha opinião, “amor-bandido”) tanto é que hoje é possível ver esse vereador todos os dias tomando seu café-da-manhã na prefeitura ou em reuniões à porta fechada com o prefeito, em seu gabinete.
Após alguns meses, muitos cafezinhos e algumas “bênçãos” dadas por Grilo, Digão se tornou um fiel escudeiro da política grilistacontrariando assim, seu partido, o líder de seu partido na Câmara (Claudinei Torrezan, o Pimentão), e principalmente, o eleitor que o elegeu.
O ápice deste namoro veio com o passeio oferecido por grilo – e patrocinado por todos nós – para Digão acompanhá-lo em mais uma aventura à Brasília. Aventura essa onerosa ao bolso público e sem retorno prático a população.
A partir disso, o namoro virou casamento e Digão transformou-se em um fiel cão-de-guarda de Grilo na Câmara.
Esse fato ficou evidente na Câmara, onde Digão posicionou-se ao lado do partido do prefeito (PDT) e rejeitou qualquer orientação de seu líder partidário, chegando a votar contra o vereador Torrezan na maioria das votações. Até mesmo sobre o requerimento feito por Carlos Borges e defendido por Pimentão onde esses desejavam maiores esclarecimentos sobre uma Licitação envolvendo o mercado da Família do Prefeito, Digão foi contra.
Não obstante, ele votou contra os quatro requerimentos feitos pelo líder de seu partido (Claudemir Torrezan) juntamente com o vereador Carlos Borges, impedindo esses vereadores de fiscalizarem atos e contratos da prefeitura.
Todos os fatos somados e analisados levam esse blog a sustentar que Digão pratica atos de “Infidelidade Partidária” e, com isso, pensamos que o PMDB Saltinhense deveria se posicionar seriamente sobre a questão.
Defendemos neste blog a liberdade de pensamento e expressão, somos cientes de que existem ideias divergentes dentro de todos os partidos e sabemos da importância de opiniões contrastantes no dia-a-dia político, no entanto, isso não legitima um membro partidário ir contra seu líder em todas as questões cruciais no decorrer do processo político, como é visto na Câmara de Saltinho entre Digão e o líder de seu partido, Claudemir Torrezan; e muito menos contra o eleitor que o elegeu por um partido oposicionista.
Para refletir aqui deixo o artigo 25 e 26 da Lei 9096/95 (Lei dos Partidos) aqui no blog:
Art. 25. O estatuto do partido poderá estabelecer, além das medidas disciplinares básicas de caráter partidário, normas sobre penalidades, inclusive com desligamento temporário da bancada, suspensão do direito de voto nas reuniões internas ou perda de todas as prerrogativas, cargos e funções que exerça em decorrência da representação e da proporção partidária, na respectiva Casa Legislativa, ao parlamentar que se opuser, pela atitude ou pelo voto, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelos órgãos partidários.
Art. 26. Perde automaticamente a função ou cargo que exerça, na respectiva Casa Legislativa, em virtude da proporção partidária, o parlamentar que deixar o partido sob cuja legenda tenha sido eleito".