29 de nov. de 2013

O problema da água em Saltinho - A farsa desmascarada



Nessa postagem o nosso intuito é desmascarar a farsa por trás do comunicado publicado pela Prefeitura de Saltinho - via sua assessoria de imprensa - no Jornal "A Folha de Saltinho" do dia 23-11-2013, naquilo que se refere ao problema da falta de água e da qualidade de água tratada no município.

21 de nov. de 2013

O Problema da Água em Saltinho 21-11-2013




A Prefeitura de Saltinho NÃO está tratando a água de maneira eficaz o que está prejudicando todo o abastecimento público da cidade. 

Os moradores estão recebendo água com uma péssima qualidade, o que é preocupante já que a água nas torneiras de toda a cidade está apresentando cor, cheiro e sabor, além de um aspecto oleoso.
Já existem relatos de moradores - adultos e crianças que passaram mal por ingerir essa água diretamente das torneiras.


Estaremos procurando todos os órgãos competentes do Estado para que os mesmos tomem providências para regularizar o tratamento, considerando que a prefeitura está sendo omissa e incompetente no tratamento dessa água, e com isso, prejudicando TODA a população que paga caro por esse serviço e está recebendo uma péssima água.

19 de nov. de 2013

Crime ambiental na Estação de Tratamento de Esgoto de Saltinho 17/11/2013




A Prefeitura de Saltinho não vem tratando adequadamente o esgoto da cidade. O descaso é tamanho que em visita a estação verificamos que não havia nenhum funcionário operando a estação.

Os aeradores da Lagoa de Aeração estavam TODOS PARADOS e o lançamento de cloro nas chincanas de desinfecção não estava ocorrendo, logo, o esgoto estava voltando "in natura" para o córrego Saltinho.

Portanto, está havendo um crime ambiental grave que deve ser apurado, além de uma grande irregularidade na receita municipal já que a taxa de esgoto é paga mensalmente pelos munícipes e esse dinheiro não está sendo investido na manutenção do tratamento de esgoto da cidade.


22 de out. de 2013

Você já imaginou acordar e se deparar com 82,07% de aumento no seu salário?




Por Eduardo Montebello

Para muitos, isso é um sonho. Para poucos, sendo mais preciso, para quatro funcionários da prefeitura de Saltinho, isso será uma realidade.

Claro, os quatro são todos amigos do prefeito Grilo, ou além de amigos esconderiam alguma coisa?

O Prefeito Grilo enviou um Projeto de Lei referente à criação de diversos cargos públicos que serão votados e certamente aprovados amanhã (22/10/2013) pelos vereadores.

Os veadores não estão preocupados se é você ou não quem pagará a conta, no entanto, eles têm que agradar seu fiel escudeiro: o prefeito Grilo. E em se tratando de mandar, o prefeito manda e todo mundo obedece. Ai de quem questionar. No mínimo está fora do jogo.

Seria hilário, não fosse trágico.  Veja a situação: Não existe um Departamento de Comunicação na prefeitura, logo, não existem funcionários que “devam ser coordenados”. O que existe é apenas o cargo de Assessor de Imprensa com um salário de R$ 1.778,62, o que já basta para uma prefeitura como a nossa.

Não satisfeito com isso o prefeito Grilo está criando um Cargo de Coordenador de Imprensa com salário de R$ 3.238,63 reais. Somando-se os encargos chega-se soma de R$ 4.500,00 aproximadamente. O mais engraçado? O cargo será criado para alguém de dentro da prefeitura– figurinha já marcada – coordenar a si mesmo já que não haverá funcionários subordinados a esse cargo.

E aí, vocês fizeram as contas? Pois é, esse funcionário descrito acima vai acordar do dia prá noite com 82,07% a mais no seu salário. Agora me perguntem:  para fazer o que? Nada a mais do pouco que já faz.

Todavia, como o prefeito Grilo não é de economizar o dinheiro alheio dos pobres contribuintes, ele ainda está criando os cargos de Coordenador Jurídico, Coordenador de Licitações e Coordenador de Finanças, todos recebendo o mesmo valor do Coordenador de Imprensa.

Para economizar seu tempo, amigo leitor, a lógica é a mesma do exemplo acima, ou seja, outras três pessoas que já tem o seu cargo na prefeitura serão agraciadas com um outro cargo de salário BEM MAIOR, coisa de mais ou menos 90% de aumento, para continuar a fazer o que faz lá dentro; nada mais do que isso.

Do outro lado da linha, centenas de outros funcionários que tiveram seus míseros 6% de aumento. Um fiel de balança que o prefeito Grilo e os vereadores não estão nem um pouco preocupados. Afinal, eleições só irão acontecer daqui dois anos e o “empreendedor” prefeito Grilo não poderá mais ser candidato, portanto que se danem a centena de outros funcionários...

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20 de ago. de 2013

Sobre ilusões, descasos e mentiras

A Prefeitura de Saltinho e a Segurança Pública




Por Eduardo Montebello

Que os roubos, furtos e assaltos da cidade estão crescendo de maneira assustadora, não é novidade para ninguém.

Que é impossível fazer uma segurança púbica efetiva, extensiva e de qualidade para a cidade com um efetivo policial tão reduzido é fato consumado para os saltinhenses.

Agora, ver um Prefeito – que é policial de carreira – escrever via sua assessoria de imprensa uma matéria sobre segurança pública na capa no Jornaleco da cidade, onde o mesmo tenta se isentar da culpa pelo aumento vertiginoso da violência na cidade... ah, isso não tem preço!

Em um texto enfadonho, mal escrito e desconexo, a assessoria de imprensa do prefeito Grilo faz malabarismos dignos de circo de fundo de quintal para tentar isentá-lo de seu descaso com a segurança pública da cidade.

Não dá pra saber o que é pior no texto:

Se o seu esforço parar dizer que vive pedindo reforços; porém, não é atendido pelos órgãos competentes;

Se o seu argumento falido sobre as câmeras caseiras instaladas em frente à Prefeitura;

Se as suas mentiras deslavadas sobre a criação da Guarda Municipal de Saltinho.

Vamos focar nossa discussão nas mentiras do Prefeito Grilo:

No texto o prefeito diz que “está estudando a viabilidade da criação da guarda municipal da cidade”, balela.

Não existe em nenhum lugar do Orçamento Municipal de 2013 - um centavo sequer - destinado à criação da Guarda Municipal, logo, isso não vai acontecer esse ano.

Só para informar você (e)leitor, o Orçamento de 2014 já foi votado pela Câmara, e não existe uma linha sequer citando alguma verba destinada para a Guarda Municipal. Portanto, não espere a criação da mesma para o próximo ano. É mentira.

Aliás, a mentira é tão grande e escandalosa, que para montar uma Guarda Municipal efetiva na cidade, seria necessária pelo menos à contratação imediata de doze policias para que em todos os turnos houvesse policiais nas ruas.

Agora pergunto: como o prefeito Grilo conseguirá fazer isso com uma folha de pagamento de pessoal já na estratosfera. Nem dinheiro para pagar as horas extras dos funcionários ele tem. Como ele vai contratar mais gente?

Portanto, além da matéria desse último sábado ser vaga no todo, ela é vergonhosa e mentirosa.

O pior é que já se passaram quatro anos e nada foi feito. Ele vem herdando sua própria herança. E agora vem a conta pra todos nós pagarmos, ou seja, o aumento da violência, somado a uma maquina pública incapaz de criar políticas efetivas de segurança pública com nossos impostos.

Dinheiro tem, o que falta é uma gestão competente e séria com o dinheiro público.

Uma administração que, ao invés de contratar pessoas para cargos de confiança para honrar compromissos de campanha com Judas Iscariótes de supermercados alheios, deveria usar esse dinheiro para criar a Guarda Municipal.

A folha de pagamento está onerosa prefeito. Chegou a hora de demitir e cortar a bonificação de 20% para seus amiguinhos e usar esse dinheiro em prol ao povo, não em prol a sua corja.

E o contrato com a Ecoterra? Mais de R$ 500 mil por ano pra cortar mato? Enquanto o povo fica trancafiado em casa com medo de ladrão numa cidade como Saltinho? Tenha a santa paciência!

Até onde vamos ficar parados vendo esse descaso da prefeitura?

E os vereadores, vão ficar quietos até quando?

Encerro reafirmando o título desse artigo: Saltinho vive uma onda de ilusões, descasos e mentiras feitas pelo poder público municipal a fim de acobertar sua incompetência administrativa, seu desdém com o dinheiro público e seu descaso com os anseios do povo.

12 de ago. de 2013

Saltinho Parou, mas a violência continua aumentando.



Por Eduardo Montebello

Se existe uma coisa que é característica dessa atual administração é não dar ouvidos às críticas.

No quesito violência então, ela nunca, mais nunca deu se quer a mínima para o clamor popular e as exigências da oposição.

A violência em Saltinho está assustando demais toda a população.

Voltamos a viver uma onda de violência que é impossível de se conter com o reduzidíssimo número de policiais militares da cidade (não há como fazer milagres!).

E olha que estamos embasados mais uma vez pelos dados da Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo e, somando-se a isso, temos a matéria do Presidente da Câmara de Saltinho, Rodrigo Arthur, o Cartucheira, enfatizando a que ponto chegou a violência na cidade devido ao descaso que a segurança pública vem sofrendo em Saltinho.

Nós mesmos escrevemos EM JULHO de 2011 dois artigos para este blog tratando exclusivamente da precária segurança pública de Saltinho e do descaso do prefeito com a mesma.

Pergunto a vocês caro (e)leitor: você se lembra quais foram as medidas que o prefeito Grilo tomou sobre a segurança pública de Saltinho ao longo dos últimos 5 anos?

A resposta?

A resposta é uma. Isso mesmo, a única coisa que o prefeito fez foi colocar quatro câmeras caseiras para vigiar a esquina da prefeitura por um preço absurdamente caro. (Essa medida foi eleita a grande piada do ano pelos internautas na época).

É triste ver alguém que se diz policial de carreira (como é o caso do prefeito Grilo) ter tanto descaso com a segurança da população.

O descaso é tamanho que mesmo o famoso COMSEG (Conselho Municipal de Segurança Pública), está inativo desde o primeiro ano da atual administração Grilo, sendo o prefeito questionado inúmeras vezes pelo ex-vereador Carlos Borges sobre os motivos do não funcionamento daquele conselho. Mesmo com a pressão da oposição e com o aumento da violência na época, o prefeito continuou com seu descaso e tocou a situação “com a barriga”.

Agora vem a conta. Nas palavras do próprio Cartucheira*, em Saltinho: “(...) o número de roubos subiu 600%. O mesmo ocorre com a quantidade de roubo de veículos, que aumentou em 300%, e o de furto de veículos, elevado em 166%”.


Até quando o prefeito Grilo vai tapar o sol com a peneira? Até quando ele vai brincar com a segurança da população de Saltinho.

É muito fácil alguém que tem recursos para contratar segurança particular brincar com a segurança da população. Quem não se lembra do número absurdo de seguranças privados que o prefeito contratou para fazer a proteção de sua casa, da casa do filho, e de seu supermercado, no dia da manifestação em Saltinho? Assim é fácil.

Quando o prefeito vai tomar juízo? Quando ele vai enxugar a folha de pagamento da prefeitura com a demissão dos caríssimos cargos de confiança e criar uma guarda municipal para ajudar a manter a segurança da cidade?

Quando ele vai anular um contrato absurdo com a ECOTERRA em mais de R$ 500 mil pra cortar  mato e montar uma central efetiva de monitoramento da cidade, com câmeras de alto padrão e pessoal treinado para vigiar 24 horas nossas ruas?

Até quando a população vai ficar calada, trancafiada, ressentida em sair nas ruas por medo da violência e por culpa do descaso do prefeito Grilo com nossa segurança?

Prefeito Grilo, nós pagamos os impostos, eles não são poucos! Agora queremos que eles sejam aplicados na segurança da cidade.

Como vai ser prefeito Grilo?


Segue abaixo os links com nossas postagens anteriores sobre segurança em Saltinho:




* Fonte: A Folha de Saltinho, 10/08/2013, pg.5.

7 de ago. de 2013

Saltinho não pode parar?

Por Eduardo Montebello

Provavelmente você ainda deve se lembrar do lema do prefeito Grilo em sua campanha para reeleição: “Saltinho não pode parar, Grilo tem que continuar...”.

Então..., Grilo foi reeleito e o que aconteceu em seguida foi uma inversão total de seu lema: Grilo continuou. Saltinho Parou!

O desgoverno grilista é tanto que há mais de seis meses uma Van-Transporte da Saúde que deveria levar pacientes para outras cidades para fazerem consultas, exames ou cirurgias está PARADA no pátio da Prefeitura.



A denúncia veio de funcionários da prefeitura que passam todos os dias em frente dessa Van. Funcionários da saúde também confirmaram o problema com esse veículo.

Segundo apuramos, a Van está parada todo esse tempo por estar com o LICENCIAMENTO VENCIDO DESDE AGOSTO DE 2011, pasmem senhores contribuintes; será que seu dinheiro merece esse descaso? Será que os usuários da Saúde que necessitam desse tipo de transporte conseguem entender que seu dinheiro não retorna em seu benefício?



Fomos informados ainda que este não é um caso isolado e que há outros veículos da prefeitura circulando por aí com documentação irregular.

O que é ainda mais grave, a prefeitura de Saltinho está usando um Micro-ônibus da Educação destinado para transporte escolar para  transportar os usuários da saúde. Como fica isso perante o FUNDEB senhor prefeito?

E a Câmara? Onde está a fiscalização dos nossos vereadores? Porque o silêncio deles em relação a esse problema, ou eles vão alegar ignorância do fato?



Infelizmente não gostaríamos de estar trazendo esse tipo de notícias ao povo saltinhense, mas não tem como ficar calado diante de tanto descaso com os direitos dos  saltinhenses.

O pior é que a coisa não para por aí, na próxima semana estaremos aqui novamente e com denúncias ainda mais sérias sobre o descaso com a coisa pública em Saltinho.

30 de jul. de 2013

"Os brasileiros ainda esperam uma resposta"





Por Gil Castello Branco


Há várias frases anedóticas que expressam a incompetência dos governos. O americano Milton Friedman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 1976, afirmava: “Se o governo administrar o deserto do Saara, em cinco anos faltará areia.” Já o economista Delfim Netto prognosticou: “Se o governo comprar um circo, o anão começará a crescer.”

Nas recentes manifestações sociais as reivindicações foram difusas, mas tiveram como pano de fundo a péssima qualidade dos serviços públicos (saúde, educação, segurança e mobilidade urbana) frente à elevada carga tributária e à corrupção deslavada.

Decorridos quase dois meses do início das mobilizações, poucas foram as respostas efetivas. A presidente Dilma reuniu-se com uma dúzia de ONGs chapas-brancas e empurrou o pepino para o Legislativo, ao propor uma constituinte “inconstitucional” exclusiva sobre a reforma política e, posteriormente, ao sugerir temas óbvios para um plebiscito relâmpago e inviável. Além disso, propôs pactos que não se consumaram.

Nesse contexto, o Mais Médicos gerou mesmo foi mais confusão. Mas, se a intenção for mesmo consultar a sociedade, são várias as perguntas em relação às quais a enorme maioria dos brasileiros gostaria de responder “Sim” ou “Não”.

Apostaria no “Sim” em várias situações como: 
  • Redução para menos da metade dos 39 ministérios. 
  • Corte de 2/3 das 22.417 funções comissionadas de Direção e Assessoramento Superior (DAS). 
  • Férias de somente 30 dias para os membros do Legislativo e do Judiciário, como ocorre com qualquer trabalhador. 
  • Redução da quantidade de deputados federais, estaduais e vereadores. 
  • Votação imediata dos 130 projetos de lei relativos ao combate à corrupção, engavetados há anos no Congresso Nacional. 
  • Redução para 1/3 dos gastos com publicidade na União, estados e municípios. 
  • Julgamento imediato dos mensalões (PT, PSDB e DEM) e dos processos que envolvem parlamentares, a começar pelo do presidente do Senado. 
  • Proibição do uso de recursos públicos ou de isenções fiscais para bancar aquelas propagandas partidárias, repetidas, irritantemente, nos horários nobres. 
  • Fim dos suplentes de senadores sem votos. 
  • Maioridade penal aos 16 anos, para exterminar o “sou di menor”. 
  • Proibição para que parlamentares condenados pelo Supremo Tribunal Federal continuem legislando, a seu favor ou contra aqueles que os condenaram. 
  • Fim do voto secreto no Congresso. 
  • Ampliação da Ficha Limpa para todas as instâncias e Poderes. 
  • Fim do imposto sindical obrigatório que retira compulsoriamente do trabalhador o valor correspondente a um dia de trabalho por ano em prol de sindicatos (alguns fictícios), militantes e dirigentes com fortunas amealhadas sabe-se lá como. 

Esse plebiscito do bem daria um livro.

Por outro lado, creio que surgiria um “Não” sonoro às propostas que implicam em dar mais poder e dinheiro aos caciques políticos. Dessa forma, parecem mínimas as chances de os brasileiros concordarem em votar em uma “lista fechada” de candidatos definida pelos “proprietários” dos partidos, bem como de aprovarem o financiamento público exclusivo das caríssimas campanhas eleitorais, à custa dos impostos pagos. Neste ano, mesmo sem eleições, os partidos políticos irão receber do orçamento da União (via Fundo Partidário) R$ 294,2 milhões, além dos R$ 300 milhões das isenções fiscais concedidas aos veículos de comunicação pelas inserções políticas publicitárias.

Plebiscito à parte, prova da surdez dos parlamentares está no fato de terem saído de “recesso” sem votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, contrariando a própria Constituição. Justificam a “gazeta” argumentando que as Casas estão funcionando, apenas sem as votações.

A “mentirinha” faz lembrar o historiador Capistrano de Abreu, que imaginava como artigo principal da Constituição Federal o dispositivo: “Todo brasileiro deve ter vergonha na cara.” Ao contrário, alguns dos nossos deputados e senadores devem lustrar os rostos com óleo de peroba. Tomara que não o façam com a verba indenizatória...

Enfim, como as autoridades — por incompetência ou conveniência — continuam fazendo vista grossa às reais demandas da sociedade, os protestos tendem a continuar. A queda abrupta da popularidade da presidente Dilma e da maioria dos governadores é reflexo natural da insatisfação coletiva.

O que os governantes e marqueteiros não percebem é que o anão do circo cresceu e que as manifestações não morrerão na praia ou no deserto de providências concretas que atendam, de fato, os anseios de milhões de brasileiros.



Gil Castello Branco é economista e fundador da organização não governamental Associação Contas Abertas.

29 de jul. de 2013

A revolta dos R$ 0,20 - um mês depois. - Parte 1


Por Eduardo Montebello

Passado um pouco mais de um mês desde o início daquilo que popularmente foi batizado como a revolta dos vinte centavos, hoje já é possível analisar melhor as causas, consequências e contradições da revolta.

É evidente que a revolta não foi apenas por vinte centavos referentes ao aumento da passagem na cidade de São Paulo, ela só foi o estopim de movimento muito maior que estava sendo gestado aos poucos por anos de políticas públicas incapazes de solucionar problemas básicos da população do país. Lembrem-se que o estopim da Revolução Francesa foi o aumento no preço do pão.

O fato dos governos nas três esferas não conseguirem solucionas as mazelas mais básicas do país como o acesso a educação e saúde de qualidade, a gestão de uma segurança pública eficaz, assim como, não oferecerem transporte público, rodovias e outras infraestruturas básicas com uma qualidade mínima desejável, transformou o inconformismo brasileiro em revolta que converge sobre os políticos e as instituições políticas do país.

O fato é que o brasileiro entendeu que o Estado se transformou em um monstro que suga grande parte do rendimento do trabalhador via impostos e não devolve essa “soma de dinheiro legalmente confiscada” em serviços públicos de alto nível.

O brasileiro entendeu que possuímos um sistema político arcaico, ineficaz, falido e extremamente oneroso. Um sistema que beneficia apenas a própria classe política e os funcionários públicos concursados em sua imensidão de benefícios os quais os trabalhadores do setor privado jamais poderão ter acesso.

Somado a isso temos a classe política mais onerosa do mundo. Uma classe com super-salários sustentados pelos impostos do povo. Uma classe de políticos que em sua maioria são ardilosos, corruptos e buscam apenas a ascensão política visando vantagens pessoais e a sustentação da situação atual a qual favorece a eles.

Essa classe política ainda tem um agravante. Essa geração que está no poder nos últimos 20 anos implantou a cultura da impunidade. Sendo eles os criadores das leis, eles criam leis que os favorecem e com isso ficam impunes de crimes contra o patrimônio público, ou seja, roubam, e não são presos. Cometem atos ilegais, e não são punidos. Essa é a imagem da famosa pizza à brasileira.

Por fim, o escândalo das vultosas obras da Copa do Mundo foi a faísca que faltava para a explosão dessa convulsão popular.

Esgotados por essa situação e massacrados economicamente por um Estado que exige cada vez mais impostos e devolve cada vez menos serviços públicos, o brasileiro cansou e foi para as ruas para exigir mudanças.

As consequências dessa revolta será exposta em nosso próximo texto.

(Fim da Parte 1)

19 de jul. de 2013

TEM MÉDICOS SOBRANDO OU FALTANDO?




Por Leandro Pereira Ribeiro


 Nesses últimos dias o que mais se fala na televisão é sobre a contratação de mais médicos. O governo anunciou que vai contratar 6 mil médicos cubanos para prestação de saúde publica nas cidades do interior do País juntamente com a contratação de médicos de outro países.

A Organização Mundial de Saúde recomenda um médico para cada mil habitantes, no Brasil, segundo pesquisas da própria OMS, essa média é quase o dobro, mas mesmo assim faltam médicos, principalmente no interior. Pensei comigo, mas por que há tanta falta de médicos? Pois no Brasil as ofertas de salários são ótimas, com direito até a regalias como auxílio moradia.

O Conselho Federal de Medicina diz que os médicos estão concentrados em grandes centros, e argumenta que o problema não é a quantidade e sim a distribuição dos médicos. O CFM criticou a medida estabelecida pelo governo, e vai recorrer a justiça do que chamou de “entrada irresponsável de médicos no Brasil”. O Conselho tem razão para rejeitar essa contratação, pois eles defendem o mercado da medicina para os médicos brasileiros. Mas percebemos que isso não e questão de problema de mercado e sim caso de vida ou morte.

Os “nossos doutores” que estudaram em faculdades elitistas e de boa pinta, não querem trabalhar nas cidades do interior, e muito menos em periferias das capitais. Eles podem até ter suas razões como a falta de equipamentos, a falta de segurança, falta de valorização e as faltam de condições de trabalho; mas para a população que depende do Sistema Único de Saúde - onde já falta tanto - não pode faltar médicos.

O Governo defende a MP dos médicos, afinal como dizem os bons críticos essa pode ser a “tábua de salvação” da popularidade de presidenta Dilma Rousseff. O Governo Federal admite a falta de médicos, por isso a presidente Dilma quer validar diplomas de estrangeiros para sanar a carência dos profissionais nas cidades pobres e distantes.

Mas como disse no começo desse texto há muitos médicos no Brasil, mais do que a média, mas onde eles se escondem?

Outra questão que queiro deixar claro:  para que popularizar a profissão? Se aumentar a oferta, cai à demanda, e com ela vêm os altos salários dos doutores afortunados (médicos que de tão raros vivem como deuses do Olímpo de fama e dinheiro, de onde só descem para atender os Milionários endinheirados).

O Governo diz que faltam médicos, o CFM diz que não. Logo, uma MENTIRA do  CFM DESMASCARADA pela Organização Mundial de Saúde, onde esta afirma que para cada mil habitantes no Brasil há pelo MENOS 2 médicos, no entanto, eles estão concentrados em grandes centros urbanos. Agora imagina no Nordeste e no Norte onde há pelo menos um médico para cada mil habitantes.

Agora vamos fazer as contas TEM MÉDICOS SOBRANDO OU FALTANDO?

É claro que só a contratação de mais médicos NÃO vai SALVAR A SAÚDE DO BRASIL,  ninguém é ingênuo de acreditar nisso. Além de médicos, FALTAM HOSPITAIS, PRONTO-SOCORROS, FALTAM LEITOS, FALTA MATERIAL, FALTA GESTÃO HOSPITALAR.

Trazer mais médicos não será o fim de todos esses problemas, mas pode ser o começo de uma solução.

Abraços a Todos!




11 de jul. de 2013

As diferenças: a rapaziada é #, a pelegada é $

Caros amigos, me deparei hoje com essa postagem no Blog do Josias.

Achei tão clara a explicação que tive que compartilhar aqui no blog.
Dedico essa postagem a  todos os velhos e conhecidos pelegos que correm o serviço público de Saltinho.
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As diferenças: a rapaziada é #, a pelegada é $
Por Josias de Souza
Excluídas das passeatas de junho, as centrais sindicais e seus penduricalhos (UNE, MST, PT, PCdoB, PDT e etcétera) organizaram o seu próprio ‘Dia Nacional de Luta’. Isso foi ótimo. Ajudou a explicar por que a rapaziada refugou a ‘solidariedade’ da pelegada partidário-sindical. São muitas as diferenças entre os dois movimentos. A principal delas é a forma como os dois grupos se relacionam com os cofres públicos. Um entra com o bolso. Outro usufrui. Vai abaixo uma tentativa de distinguir o novo do antigo:
A rapaziada é #. A pelegada é $.
A rapaziada é o bolso. A pelegada é imposto sindical.
A rapaziada é coxinha. A pelegada é pastel-de-vento.
A rapaziada é sacolejo. A pelegada é tremelique.
A rapaziada é YouTube. A pelegada é videoteipe.
A rapaziada é Facebook. A pelegada é assembléia.
A rapaziada é máscara de vingador. A pelegada é cara de pau.
A rapaziada é viral. A pelegada é bactéria.
A rapaziada é chapa quente. A pelegada é chapa branca.
A rapaziada é sociedade civil. A pelegada é sociedade organizada.
A rapaziada é banco de praça. A pelegada é BNDES.
A rapaziada é a corrida. A pelegada é o taxímetro.
A rapaziada é asfalto. A pelegada é carro de som.
A rapaziada é horizonte. A pelegada é labirinto.
A rapaziada é fumaça. A pelegada é cheiro de queimado.
A rapaziada é explosão. A pelegada é flatulência.
A rapaziada é o público. A pelegada é a coisa pública.
A rapaziada é combustão espontânea. A pelegada é ignição eletrônica.
A rapaziada é luz no fim do túnel. A pelegada é beco sem saída.
A rapaziada é pressão popular. A pelegada é lobby.
A rapaziada é farinha pouca. A pelegada é meu pirão primeiro.
A rapaziada é terra em transe. A pelegada é cinema novo-velho.
A rapaziada é o desejo de futuro. A pelegada é o destino-pastelão.
A rapaziada é namoro. A pelegada é tédio conjugal.
A rapaziada é grito. A pelegada é resmungo.
A rapaziada é algaravia. A pelegada é palavra de ordem.
A rapaziada é poesia. A pelegada é pedra no caminho.
A rapaziada é dúvida. A pelegada é óbvio ululante.
A rapaziada é Fora Renan. A pelegada é o bigode do Sarney.
A rapaziada é abaixo a corrupção. A pelegada é a perspectiva de inquérito.
A rapaziada é mistério. A pelegada é indício.
A rapaziada é a alma do negócio. A pelegada é o segredo.
A rapaziada é novidade. A pelegada é o mesmo.
A rapaziada é anormalidade. A pelegada é vida normal.
A rapaziada é impessoal. A pelegada é departamento de pessoal.
A rapaziada é decifra-me. A pelegada é devoro-te.

19 de jun. de 2013

O Gigante Acordou!


Cada geração teve seu foco e seu dever cumprido na história do país.

A geração dos mais pais lutaram contra a ditadura;

A geração dos meus tios e primos mais velhos lutaram pelo impeachment do Collor;

A geração de agora está lutando também... mas contra o que?

As primeiras manifestação em São Paulo começaram devido a indignação popular do aumento de 20 centavos na tarifa dos ônibus pela prefeitura.

No entanto, com o decorrer do protesto a forte, covarde e injusta repreensão do governo contra os manifestantes gerou a ira dos brasileiros cansados de sustentarem um governo e um sistema político tão pesado nos ombros.

Agora é evidente para todos que o protesto não é apenas por causa de 20 centavos...

Na realidade, há tanto sobre o que protestar, há tanta insatisfação, injustiça e miséria que dá a impressão que as manifestações estão difusas nas reivindicações.

Mas quais são as principais reivindicações além da redução da tarifa de ônibus?

Há reivindicações para tudo:

1-   pessoas pedem o fim da corrupção,
2-   outros os fim das tarifas, dos impostos,
3-   outros ainda pedem pela não realização da Copa do Mundo aqui no Brasil,
4-   pela prisão do Carlinhos Cachoeira e dos mensaleiros condenados pelo STF,
5-   pela aplicação da Ficha Limpa, e por aí vai...

Esse país ficou tanto tempo parado num estranho inconformismo das massas que,  a hora que a massa acordou, ela não sabe nem por onde começar a arrumar a bagunça.

Bem, antes tarde do que nunca. 

E não importa por onde vamos começar, o importante é começar, dar o primeiro passo, e isso foi dado desde a primeira manifestação em São Paulo.


De todas as reivindicações que estão aparecendo em âmbito nacional, o Anonymous Brasil está começando a apresentar reivindicações de forma organizada e clara. 

Claromores que a maioria dos brasileiros concordam e exigem que o governo ponham em prática o mais rápido possível.

As 5 reivindicações são:

1 – Não à PEC 37

2 – Saída imediata de Renan Calheiro da Presidência do Congresso Nacional

3 – Imediata investigação e punição de irregularidades nas obras da Copa, pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

4 – Uma lei que torne corrupção no Congresso crime Hediondo.

5 – Fim do fôro privilegiado, pois ele é um ultraje ao artigo 5 da Constituição!

Pela primeira vez em mais de 20 anos o brasileiro deixou de fazer piada com a desgraça e a palhaçada que políticos corruptos praticam diariamente e estão indo para as ruas protestar e mudar esse país.

E você? 

Vai ficar em casa assistindo novela?

Venha conosco mudar esse país.

O Brasil precisa de você!

A hora é agora!                   Vamo pra rua!